1836 – Nascimento de Cassiano Campolina em 10 de julho, na Fazenda da Serra dos  Caixetas em São Brás de Suaçui, ex-distrito de Entre Rios de Minas. Cassiano  Campolina era filho do Major José Caetano da Silva Campolina e de D. Francisca  de Paula Ferreira. De acordo com relatos do livro “Memorial Hospital Cassiano  Campolina”, ele era homem excêntrico. Sempre viveu na Fazenda do Tanque, de  seus pais. Durante período de 8 anos não transpôs os limites da propriedade, e  gabava-se disto. Franco e acessível, era cordial, mas às vezes de franqueza um  tanto rude, e também muito cioso de suas amizades. Não se casou. Teve apenas  dois amigos verdadeiros. Teve apenas dois amigos verdadeiros em Entre Rios de  Minas, o Cel. Joaquim Pacheco de Rezende e João Ribeiro de Oliveira. 
                1857 – Cassiano Campolina inicia uma criação de eqüinos na Fazenda Tanque, Entre  Rios de Minas-MG. O rebanho era constituído por éguas sem características  raciais definidas, chamadas de “nacionais”, descendentes dos cavalos Berberes  do Norte da África, originalmente introduzidos no Brasil pelos colonizadores  portugueses. O cavalo Bérbere, ou Barbo, é tão antigo quanto o da raça Árabe.  Também foi utilizado na formação de um grande numero de raças em todo o mundo, inclusive  a Andaluz, durante a invasão da Espanha pelos mouros. É um cavalo de  resistência inigualável, ágil e veloz no serviço. Mas não é de conformação  bela, devido à garupa curta, derreada e a cabeça muito longa. 
                1860 –  Francisco Teodoro de Andrade, oriundo de Itutinga-MG, comprou de um portugues a  Fazenda Campo Grande ( berço da linhagem Passa Tempo ). A criação original de  eqüinos era descendente da Fazenda Campo Alegre, propriedade do Barão de  Alfenas, onde foi formada a raça Mangalarga Marchador. 
                1861 – Nascimento de Gabriel Augusto de Andrade, filho de Francisco Teodoro de  Andrade. Gabriel Augusto de Andrade tornou-se amigo particular de Cassiano  Campolina, com quem mantinha estreitos laços de amizade e troca de  correspondências. 
                1870 – Marco zero da formação da raça Campolina. Cassiano Campolina recebeu de  presente, da criação do amigo Antonio Cruz, de Juiz de Fora-MG, uma égua de  nome Medeia, de pelagem preta. Medeia estava prenhe de garanhão da raça Andaluz  e pariu, no mesmo ano, um lindo potro tordilho negro, que recebeu o nome de  Monarca, considerado o garanhão fundador da raça Campolina. 
                1898 – Morte de Monarca aos 28 anos de idade. Cassiano Campolina fez algumas  experiências mal sucedidas de cruzamentos com garanhão de tração pesada, da  raça Percherão. Optou em resgatar o sangue de Monarca, através de seus filhos,  sendo os de maior renome na época: Monarca II, Monarca III, Predileto, Baiardo,  Pope, Leviano, Nobre. O motivo do uso de garanhão Percherão foi tentar produzir  animais maiores e mais fortes para serviços de tração agrícola e atrelagem. Mas  o andamento marchado foi perdido. 
                1889 – Falecimento de Francisco Teodoro de Andrade 
                1904 – Falecimento de Cassiano Campolina em 26 de Julho, aos 68 anos de idade,  vítima de Arteriosclerose Cardiorenal. O amigo particular, Joaquim Pacheco de  Rezende, herdou a Fazenda Tanque, com o compromisso de destinar uma quantia em  dinheiro à construção do Hospital Cassiano Campolina em Entre Rios de Minas-MG.  A primeira iniciativa de Joaquim Pacheco foi comprar do amigo Cel. Gabriel  Augusto de Andrade o reprodutor de nome Golias, portador de ¼ de sangue  Clydesdale ( raça de tração, de grande porte ), pelagem baia, exímio marchador.  A raça Clydesdale é de origem inglesa, de grande porte, especializada para serviços  de tração pesada e sendo, atualmente, uma das mais requisitadas no mundo para  atrelagem. O Clydesdale apresenta temperamento mais ativo em relação às outras  duas raças de tração mundialmente populares, Bretão e Percherão. Seu trote é  mais elegante, vigoroso, alçado e flexionado. Outra vantagem é que o cavalo  Clydesdale apresenta pelagens mais belas, predominando a castanha, com membros  comumente alto calçados e frente aberta. 
                1910 – Construção do Hospital Cassiano Campolina 
                1911 – Falecimento de Joaquim Pacheco Rezende. O filho, Joaquim Rezende, conhecido  como “Sr. Quinzinho”, herdou a Fazenda Tanque e todo o criatório de cavalos  marca C.C.  ( Cassiano Campolina). 
                De 1900 a 1910 – Foi utilizado na Fazenda Primavera, Passa Tempo o garanhão Treffler,  da raça Holstein, importado por Américo de Oliveira e José Ferreira Leite.  Américo de Oliveira era pai de Ilza Oliveira, que veio a se casar com Bolívar  de Andrade, filho de Gabriel Augusto de Andrade, que importou dos Estados  Unidos, nesta mesma década, o reprodutor Yankee Prince, citado na história da  raça Campolina como sendo da raça American Saddle Horse. Na verdade, era um  cavalo Anglo-Arabe. A raça Holstein é originária da Alemanha, sendo  representada por cavalos maiores que o Hanoveriano. Apresenta aptidões natas  para o salto e tração leve. 
                De 1910 a 1920 – Alguns filhos de Monarca e Golias foram usados na Fazenda Tanque.  Tupy foi citado na história da raça como um deles. Na verdade, era de sangue  Orloff, raça originária da antiga Republica Soviética. Foi o cavalo russo das  corridas de charrete, tendo sido considerado o melhor trotador do mundo, até o  desenvolvimento do cavalo American Standardbred ( Trotador Americano ), o  campeão de velocidade em corridas de trote. 
                De 1920 a 1930 – Filhos e netos de Monarca foram usados na Fazenda Tanque. Colorado,  filho de Yankee Prince foi utilizado na Fazenda Campo Grande 
                1930 –  Joaquim Rezende comprou Otelo, garanhão de pelagem alazã, filho de Golias.  Otelo é avô materno de Gas Tejo. 
                1938 – Foi constituído o Consórcio Profissional Cooperativo dos Criadores do Cavalo  Campolina, com sede em Barbacena. Os fundadores foram Paulo Rocha Lagoa,  Claudino Ferreira da Fonseca, Edgard Bittencourt. 
                1939 –  Joaquim Rezende resolveu cruzar a sua melhor égua, de nome Predileta, com o  principal reprodutor da Fazenda Campo Grande, o Rio Verde, de origem na raça  Mangalarga Marchador. O principal objetivo foi o de melhorar o andamento. Deste  cruzamento nasceu o famoso Campolina Rex, pai do Gás Rex, avô do Gás Dengoso. 
                De 1930 a 1940 – Rio Verde, da raça Mangalarga Marchador, foi usado tanto na Fazenda  Campo Grande, como na Fazenda Tanque. Outro reprodutor notório da raça  Mangalarga Marchador, o Seta Caxias, pai do Herdade Cadilac, também foi  utilizado na linhagem “Gas”, tendo gerado o famoso Gas Tejo, que juntamente com  o Campolina Rex formou as duas principais famílias do criatório “Gas” 
                1940 a 1950 – Rio Verde e seus filhos, com destaque para Florete e Herval,  continuaram a ser usados na Fazenda Campo Grande. Esta também foi uma década  importante pelas contribuições de Campolina Rex, Delta II, pai do Miraí Rififi,  que viria a gerar o notório Expoente de Passa Tempo e pai da famosa égua Miraí  Granfina. 
                1940 – A Fazenda do Tanque foi vendida e a criação de cavalos Campolina ( era  este o prefixo) transferida para a vizinha Fazenda Palestina. 
                1949 –  Falecimento do Cel. Gabriel Augusto de Andrade. Bolívar de Andrade herdou a  Fazenda Campo Grande e todas as criações de equideos – Mangalarga Marchador,  Campolina, Piquira e jumentos Pêga. 
                1951 – Foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina, com  sede em Belo Horizonte, tendo como primeiro Presidente Bolívar de Andrade,  titular da linhagem berço sufixo “Passa Tempo”. 
                1954 – Falecimento de Joaquim Rezende. O filho, Gastão Ribeiro de Oliveira Rezende,  todo o criatório Campolina e mudou o prefixo “Campolina” para “Gás”. 
                1957 – Morreu o notável reprodutor Rio Verde, aos 31 anos de idade, após terminar de  cobrir uma égua. Cinco éguas pariram após a sua morte. 
                1950 A 1960 – Década na qual  destacaram-se os sementais Tentador ( pai do Xerife de Passa Tempo ),  Miraí Rififi, Ressaca de Passa Tempo e Gas  Tejo. 
                1960 A 1970 – Década das mais ricas em  reprodutores e matrizes notórias, com destaques para Xerife de Passa Tempo, Expoente  de Passa Tempo, Xepeiro de Passa Tempo, Causa de Passa Tempo, Gas Rex II, Gas  Prelúdio I, Gas Jandaia 
                1974 – Falecimento de Gastão  Ribeiro de Oliveira Rezende, titular da linhagem Gas. 
                1970 A 1980 - O melhoramento zootécnico da  raça deu um grande salto nesta década. Foi uma época farta de cavalos bons em  tipo, marcha e como reprodutores, predominantemente descendentes das duas  linhares pilares. O destaque é para Gas Dengoso, que viria a ser o reprodutor  de maior influência contemporânea na composição genética da raça. 
                  - Do "Passa Tempo": Jupter, Ousado,  Lagedo, Contrabando, Garboso, Lamento, Graduado 
                  - Do "Gás" : Gas Dengoso, Gas Sucesso, Gas  Marujo, Gas Bicão, Gás Radar 
                  - Cassino da Palmeira, Frevo de Santarém, Gringo de  Santarém, Pery-Pery Jaguari 
                1978 – Falecimento de Bolivar de  Andrade, após acidente de carro. Seu nome foi dado ao Parque de Exposição  Agropecuária de Belo Horizonte. 
                1980 A 1990 - Através do inter-cruzamento  das linhagens Gas e Passa Tempo, alguns criatórios começaram a despontar,  produzindo animais superiores aos representantes das linhagens pilares -  "Santa Rita", "Sans  Souci",  "Horizonte",  "Arábias", "Maravilha". Foi a década do "Angelim" 
                  - Do "Angelim" : Ogum, Laurel,  Jogo,   Garol,  Irol, Licor, Narciso, JK 
                  - Desacato da Maravilha, Gavião de Sans Souci, Frevo  de Sans Souci,  
                  - Do "Passa Tempo": Recruta, Quartel,  Orgulho, Zino, Artilheiro,  
                  - Do "Gás": Momento, Baluarte, Momo, Ouro,  Garbo 
                1997 – Falecimento de Márcio de  Andrade, ex-Presidente da ABCCCampolina, titular da linhagem “Passa Tempo” e  nome dos mais importantes no processo da evolução funcional do cavalo  Campolina. 
                1990 A 2000 - Nesta ultima década do  século XX surgiram inúmeros representantes de criatórios novos, despontando nas  pistas sobre representantes das linhagens pilares e dos criatórios antigos,  comprovando que a raça está realmente evoluindo. As Linhagens pilares e os criatórios antigos mantiveram-se fechados.  Esta foi a década na qual dois raçadores passaram a influenciar marcadamente a  composição genética da raça:  Desacato  da Maravilha  e  O .P. de Santa Rita. Outros reprodutores de  destaque foram:Completo do Angelim, Nero de Sans Souci, Iluminado de Alfenas,  Albatroz do Oratório, Regente de Sans Souci,  Guardião das Aroeiras, Gas Cobre, Atento do Angelim, Gas Chacal, Cardeal da  Palmeira, Rex de Sans Souci, Gas Prelúdio III , Angelim do Campo, Rei do Solar,  Santa Maria Homero, Relevo da Serra Azul, RRD de Santa Rita, MB de Santa Rita,  Furacão do Tiguara, Bromo do Angelim, RRD de Santa Rita , Principe do Ouro  Fino, RRP de Santa Rita            
                2000 a 2010 - Na primeira década do século XXI vários criatórios   contemporâneos destacaram-se como os melhores da raça - Hibipeba (Melhor   Criador Nacional até 2007), Chiribiribinha (Melhor Criador Nacional   entre 2007 a 2010), Oratório, Top, Mandala, Pinval, J.H.R. , Camparal,   Luanda. 
                 
                2011 - Melhor Criador / Expositor Nacional - Chiribiribinha  |