1- Dicas sobre DOMA E TREINAMENTO

1.2
- O redondel, ou ovalel, que é mais indicado, deve ser usado para início da doma de baixo e doma de cima. O ideal é que seja coberto, com lateral totalmente fechada, para uso em dias de chuva e para favorecer a concentração nas lições. O animal somente deve sair do redondel para Estrada, ou pista de treinamento da marcha, quando estiver respondendo prontamente a todos os comandos principais da equitação – rédeas, pernas, assento – ao passo, marcha, galope lento, paradas, transições de andamentos, volteios e círculos à direita e recuo fácil e continuo.

1.3- O hackamore é o melhor equipamento para início da doma de sela, devendo ser utilizado nas primeiras montadas. Sua função principal é no desenvolvimento facilitado das flexões vertical (nuca) e lateral (pescoço, tronco e membros).

1.4- O bridão é a primeira embocadura, para cavalos iniciantes. Sua ação principal é através da pressão nas comissuras labiais. As ações secundárias são na barra e língua. O bridão exerce ação elevatória. Se mal utilizado, como, por exemplo, com pressão excessiva, ou por tempo muito prolongado, a boa postura da cabeça, desenvolvida pelo uso inicial do hackamore, será perdida e o defeito de “cabeça ponteira” poderá ser estabelecido, além de outros, tais como oscilação vertical da cabeça, abrir e fechar a boca, apoio excessivo de rédeas, prejudicando a equitação, e consequentemente, o contexto da avaliação da comodidade. 

1.5- O freio-bridão é uma embocadura de transição, entre o bridão e o freio, exercendo dois efeitos principais – pressão nas comissuras labiais e pressão da barbela no queixo. Se mal usado, o cavalo tanto poderá desenvolver o defeito de cabeça muito elevada e ponteira, como também o defeito de “encapotar” (cabeça muito baixa).

1.6- O freio e a embocadura de acabamento do adestramento, em termos de postura correta da cabeça e reunião, resultando em melhor dissociação e flexão dos membros. A ação ocorre através de três efeitos principais – pressão do bocal nas comissuras labiais, curvatura do bocal no palato, barbela no queixo. É uma ação contrária à do bridão, pois reduz a elevação da cabeça, possibilita melhor controle dos andamentos, em especial nas atividades que exigem precisão na maneabilidade.

1.7 - Rotina de treinamento

O programa de treinamento precisa de rotina, para que o resultado alcançado possa atender a expectativa de explorar o máximo do potencial atlético. Sem a rotina de treinamento o aprendizado não será consolidado.

2- Dicas sobre ALIMENTAÇÃO

2.2
- O uso de capineira é pratica do passado, pois é muito dificil manter o capim cortado no estagio vegetativo ideal quanto ao nivel nutricional, alem dos riscos de colicas quando o capim está muito maduro (excesso de fibra). A melhor fonte de volumosos para animais mantidos em sistema confinado é o feno de Tifton, pois alem de apresentar boa palatabilidade, tem custo baixo em relação ao feno de alfafa e apresenta bom teor proteico.

2.3- No caso da necessidade do uso de capim de corte, a melhor opção é o capim Paraiso, porque apresenta elevado teor proteico, na faixa de 15 a 17% dependendo do estagio vegetativo. O plantio é atraves de sementes, em covas rasas. Em relação aos capins comuns de corte, o Paraiso apresenta menos caules e mais folhas, sendo a altura de corte mais baixa, em torno de 1m. Outra vantagem é que pode ser usado para pastejo, se bem manejado. O custo com alimentação, que é um dos principais custos de haras, sera significativamente reduzido com o uso do capim Paraiso e de um bom feno de Tifton ou Coast Cross. O uso da ração sera restrito aos potros (as) em crescimento, eguas gestantes no ultimo terço da gestação e animais em treinamento de esfoço alta intensidade.

2.4- O sal mineral deve ser fornecido em livre acesso, saleiro de duas divisorias, sendo colocado em uma a mistura mineral balanceada, e na outra o sal comum. O equino tem a capacidade de autocontrolar necessidades minerais. Os animais em treinamento intensivo, ou praticando atividades de grande esforco físico, perdem grandes quantidades de cloreto de sódio através do suor. Estas perdas serão repostas pelo consumo em livre acesso do sal comum. A mistura mineral balanceada contém cloreto de sódio, mas nao em quantidade suficiente para repor grandes perdas.

2.5- Um potro (a) da raça Mangalarga Marchador deve consumir as seguintes quantidades minimas de ração de acordo com a categoria:
em amamentação - 1kg de ração a partir do segundo a terceiro mes da lactação, quando a produção de leite da mãe começara a declinar.
Apartados ate 1 ano de idade - 2kg de ração sobre ano - 3 kg de ração, quantidade fornecida em duas refeições com intervalo minimo de 6 h acima 2 anos - 4 kg de ração, quantidade fornecida em duas refeições, com intervalo minimo de 6 h.
Nota importante: A ração para potros é a de crescimento, nivel de proteina em torno de 18$. Caso o potro esteja em programa de condicionamento fisico, ou treinamento, de esforço intenso, a ração deve ser do tipo alta performance, para suplementar a energia gasta no metabolismo muscular. Potros de qualidade inferior podem ser recriados em sistema extensivo, com suplementação de feno de boa qualidade durante o perido da seca. Caso o feno nao seja suplementado, somente o capim picado não será suficiente para manter uma taxa minima de crescimento, sendo necessario o fornecimento de ração balanceada na base de 2kg por dia. A ração podera ser a pre-fabricada, peletizada, ou produzida no haras, na base de soja, trigo e milho.

2.6- Uma prática comum no manejo nutricional é misturar ração farelada (em especial o farelo de trigo), e até mesmo a granulada, ao capim picado. Este manejo não é recomendado, pois alem de afetar a boa absorção dos nutrientes da ração aumenta riscos de disturbios intestinais, devido a dificuldade da digestão, provocada pela mistura volumoso x ração. O correto é obedecer a um intervalo de, pelo menos, uma hora, entre o consumo da ração concentrada e do volumoso. Primeiramente, o tratador deve fornecer a ração e, posteriormente, o capim picado. Na parte da tarde, uma hora antes do fornecimento da ração, a sobra do capim picado deve ser retirada do cocho. Uma hora apos o consumo da ração, o cocho deve ser abastecido novamente com capim picado para o periodo final de tarde e noite, no caso dos animais mantidos em confinamento.

2.7- As pastagens devem ser divididas em piquetes, pelo menos dois para cada uma das seguintes categorias: potros, potras, cavalos castrados, eguas solteiras, éguas lactantes, éguas gestantes (a partir da segunda metade da prenhez), éguas parturientes (no ultimo mes da gestação), garanhões. Desta forma, o manejo de cada categoria será direcionado da melhor forma possivel. Os potros não podem ficar juntos com as potras por causa do instinto sexual. As éguas solteiras não devem se misturar com as éguas lactantes porque ha riscos de machucarem as crias. As éguas gestantes a partir da segunda metade da prenhez devem ser separadas para evitar riscos de aborto com coices de outras éguas. As éguas parturientes devem ser mantidas em piquete a parte para um melhor monitoramento do parto e melhore cuidados com as crias. Alem do mais, cada categoria tem exigências nutricionais especificas.

3- Dicas sobre PELAGEM

3.2-
Existem duas pelagens com possibilidade de dominancia absoluta, o que e academicamente denominado de Homozigose dominante, ou seja, o reprodutor (ou reprodutriz) será homozigoto dominante para a pelagem, que pode ser a tordilha ou a pampa. Por exemplo, o acasalamento entre reprodutor pampa com égua de pelagem uniforme, ou reprodutor de pelagem tordilha, com égua de outra pelagem (exceto pampa) resultará em prole 100% portadora da pelagem do respectivo reprodutor. No caso do acasalamento de reprodutor homozigoto de pelagem tordilha com égua homozigota de pelagem pampa a prole será 100% pampa de tordilha.

3.3- A pelagem alazã tem herança genética recessiva, sendo fácil eliminá-la do plantel. Em contrapartida, caso o criador tenha interesse em produzir somente animais portadores da pelagem alazã, basta acasalar entre si animais de pelagem alazã. A prole será 100% de pelagem alazã. Se o objetivo é produzir a variedade alazã amarilha, o acasalamento ideal é com garanhão (ou égua) de pelagem alazã cereja ou tostada, com égua (ou garanhão) de pelagem alazã amarilha. O acasalamento sucessivo entre animais de pelagem alazã amarilha deve ser evitado, pois ha em torno de 25% de chance para o nascimento de produto com pelagem albina, que e desclassificatoria para efeito de Registro Genealógico. As vezes, a pelagem alazã amarilha é confundida com a pelagem palomina, que também é uma das inumeras variedades da pelagem alazã. A pelagem palomina é caracterizada por tonalidade ouro, com crinas e caudas ligeiramente mais claras em relação ao tom do pêlo.

3.4- Existem pelagens que transmitem genes letais. A mais comum e a pelagem rosilha. O acasalamento entre garanhão e égua de pelagem rosilha tem 25% de chance de nascimento de natimorto. O gene letal manifesta-se em estado de homozigose:

Rr (rosilho) X Rr (rosilho) = 1RR (letal)  -  2 Rr (rosilho)   -  1 rr (lnao rosilho)

Na variedade de pelagem pampa conhecida como Overo, que incide em animais de origem "Paint Horse", mais especificamente em um sub-variedade de Overo conhecida como "Frame Overo", ocorre uma anomalia conhecida como "Lethal White Foal" (Branco Letal do Potro) , como resultado do acasalmento entre pai e mãe de pelagem Overo. O potro (a) nasce totalmente branco, podendo nascer morto ou morrer dentro de poucas horas. A morte é causada por defeitos cerebrais ou atresia do colon intestinal.

3.5- Às vezes a pelagem Appaloosa é confundida com a pelagem pampa. A classificação é a mesma, sob a categoria de pelagens conjugadas, ou seja, mais de uma cor. A diferença é que a pelagem Appaloosa é caracterizada por pintas de tamanhos circulares variados, escuras (cores preta, alazã e castanha são as mais predominantes) sobre area de cor branca, que pode ser em todo o corpo ou em parte do corpo. Quando é em parte do corpo, geralmente é do dorso para tras, ou somente na garupa, sendo chamada de Appaloosa mantada.

4- Dicas sobre REPRODUÇÃO

4.2-
O cio da égua tem duração média de uma semana. Em monta natural as cobrições devem ser conduzidas em dias alternados, até o final do cio. Cobrições diárias são desnecessarias, porque a fertilidade das celulas espermaticas varia de 24 a 48h.

A ovulação ocorre no ultimo dia do cio. Se o cio persiste por tempo muito prolongado é sinal de que a ovulação não ocorreu, sendo a causa mais comum os disturbios hormonais, infecções e má condição física.

Através da inseminação artifical, o cio deve ser monitorado com ultrasom para acompanhamento do desenvolvimento folicular. A ovulação ocorre no ultimo dia do cio.

4.3- O aborto é de incidencia relativamente frequente na égua, devido a varios fatores: sub-nutrição, desequilibrio hormonal, coices, infecção. Algumas orientações para prevenção do aborto:

Manter a égua em pastagens com quantidade e qualidade de capim, boa aguada e acesso livre a sal mineral (mistura balanceada + sal comum). Suplementar no inicio da estação seca, não no meio ou final. A suplementação mais econômica, sem prejudicar a condição da égua gestante, é com feno de boa qualidade, preferencialmente, de Tifton, que tem teor proteico mais elevado. No terço final da gestação deve ser fornecida ração balanceada, em torno de 2 a 3 kg/dia para éguas de medio porte e de 3 a 4kg/dia para éguas de grande porte.

As éguas gestantes devem ficar separadas de outras categoriras, em piquetes, sem aglomeração, para evitar os coices. As pastagens de grandes extensões não são indicadas, pois dificultam a fiscalização diária.

Exames bacteriologicos da vagina, cervix e utero devem ser feitos periodicamente, ou sempre que for diagnosticado algum tipo de secreção, como forma de tartar precocemente as infecções.

Mais ou menos na metade do periodo da gestação correm trocas hormonais, envolvendo o hormonio progesterone, que passa a ser produzido unicamente pelo cordão umbilical. Este é um periodo critico, propenso ao aborto. Alguns veterinarios recomendam aplicação de doses de hormonio progesterone durante mais ou menos um mes ao longo da metade da gestação.

4.4- A reabsorção embrionária é de incidencia relativamente alta na égua, em torno de 25%. Não é considerada como aborto, porque não ha expulsão do feto. Assim, a reabsorção ocorre antes da fixação do feto no utero, ou seja, antes dos 2 meses. As causas mais frequentes são a sub-nutrição, infecção, traumatismo, desequilibrio hormonal. A recomendação é reconfirmar a prenhez entre os 2 e 3 meses de idade. Muitos criadores não tomam este procedimento e perdem um ano na vida produtiva da égua.

4.5- Alguns garanhões passam por periodos de sub-fertilidade quando mudam de haras, devido a efeitos de estresse. Portanto, uma dica importante é transportar da melhor forma possivel e manter no haras do destino as condições de manejo semelhantes aquelas que o garanhão recebia no haras da origem. 

4.6- Em torno de 90% dos partos da égua acontecem a noite. Por este motivo, a maioria das éguas estarão sem assistência para partos problemáticos. Felizmente, a incidência de partos distórcicos é muito baixa, variando entre 1 a 2%. Entretanto, há muitos casos de crias que nascem fracas, com dificuldade para mamarem o colostro, que é o primeiro leite materno, rico em anticorpos que darão resistência imunológica ao recém-nascido. A recomendação é manter as éguas parturientes em uma baia ampla ou em um piquete plano e próximo das baias, da casa sede ou da casa do gerente do haras. Muitos haras europeus e norte-americanos fazem controle noturno do momento do parto através de sistema de tv.

5- Dicas sobre ROTINA DE MANEJO DE BAIA

5.2-
Na rotina do manejo de baias, diariamente, o tratador deve limpar os cascos com o limpador de ranilha, que tem ponta em gancho e pequena escova, para limpar sola, barras, parede, sulco central e comissuras laterais da ranilha. Esta limpeza diaria previne a ocorrência de duas doenças dos cascos - a podridão da ranilha e a broca. Geralmente, esta simples pratica inserida na rotina de manejo de animais embaiados, não é feita.O tratador deve trabalhar em sintonia com o treinador, cumprindo corretamente suas obrigações, para entregar ao treinador um atleta em potencial, e não um atleta limitado pela fragilidade dos cascos. Um dos ditos populares mais antigos, e também dos mais sábios, é a máxima: "No foot, no horse", ou seja, "sem cascos não há cavalo". Assim, o manejo mais básico dos cascos, e também o mais importante para preservar a saúde, é a limpeza diária dos cascos de animais embaiados.

5.3- Cama de baia – O material mais utilizado para cama de baia é a serragem, que é o residuo das serrarias. A serragem fina não é recomendada porque tem muito pó, prejudicial às vias respiratórias. Algumas serragens de pedaços maiores de madeira também não são recomendadas porque podem causar ferimentos nos cascos. A areia não deve ser utilizada, porque  retém muita umidade. A cama de baia deve ser trocada sempre que estiver com excesso de sujeira (fezes e restos de racao e capim que caem dos cochos) e umidade (urina e agua que entorna do bebedouro). Uma maneira de aumentar o tempo de utilização da cama é retirar diariamente as fezes com um garfo. Animais mantidos em baias de cama suja estao sujeitos as afecções de cascos, sendo mais frequentes a podridão de ranilha e a broca.

5.4- Manejo de esterco - Uma esterqueira deve ser construída em local de fácil acesso, afastado das baias, para não atrair moscas. Devem ser feitos quatro compartimentos, área mínima de 2 x 2m, dependendo do numero de baias a serem limpas diariamente. Estes compartimentos podem ser feitos de forma barata, com estacas de bambu, altura entre 1 a 1,5m, fincadas em piso plano. A cada semana a limpeza da baia deve ser colocada em um compartimento. Ao final de um mes, retirar o esterco de cada compartimento e jogar na capineira ou plantação. Dependendo da quantidade de esterco um segundo deposito, maior, deve ser construido, tipo silo subterraneo, para guardar o esterco por um periodo maior, de 2 a 3 meses. Desta forma, o esterco estará mais curtido para uso como adubo. Terceira alternativa é destinar o esterco a um minhocário, para produção de humus, que é um adubo mais rico em nutrientes para as plantas. O humus pode ser ensacado para a venda, em embalagens variando de 3 a 10 kg.

5.5- Trato do pêlo - Diariamente, o pelo deve ser raspado e escovado. As melhores raspadeiras sao de borracha e serra. Mas em alguns casos, de pêlo mais grosso, é recomendado o uso de uma faca amolada, passada com pressão a favor do pêlo. A tosquia do corpo só é recomendada nos casos de animais que se destinam a exposição ou leilão. O pêlo é uma proteção natural, em especial durante os periodos de baixa temperatura e chuva. Outra função do pêlo do corpo é na proteção contra picadas de insetos. O pêlo da região do boleto não deve ser aparado, pois tem a função de ajudar no escoamento da água. O pêlo da coroa dos cascos têm esta mesma função. O pêlo da região do focinho tem funções sensoriais, ajudando no pastejo. O pêlo da região interior das orelhas tem função de proteger contra entrada de água. A cauda não deve ser encurtada pois tem função de retirar insetos do corpo. Os banhos devem ser dados após os exercicios, resfriando a musculatura de baixo para cima, ou seja, os primeiros jatos d' agua devem ser nos membros, em seguida no pescoço, ventre, costados, garupa, dorso-lombo e cernelha.

5.6- Controle de moscas - As moscas incomodam muito os equinos, Nos animais embaiados podem causar irritação nos olhos. A inquietude que causam nos animais dificulta varias etapas do manejo, principalmente o treinamento de cabresto para julgamento de morfologia. A dica é plantar citronela na proximidade das baias e aplicar o spray de citronela no pêlo dos animais embaiados e antes do treinamento. Mas ha outros produtos alternativos a venda. Um costume antigo é não limpar as teias de aranhas das baias. Este controle biológico funciona para reduzir a quantidade de moscas nas baias, mas não para eliminar todas.

6- Dicas sobre MANEJO DE CASCOS


6.2- Frequencia da aparação de cascos - A cada dois meses os cascos dos animais embaiados devem ser aparados, seja para casqueamento de manutenção ou para casqueamento corretivo de aprumos. No caso dos animais criados extensivamente a frequencia do casqueamento pode ser em torno de 60 dias, porque ha um desgaste natural dos cascos. Cascos com crescimento excessivo estao sujeitos as fissuras da parede, alem do desbalanceamento, que pode ser medio-lateral ou no sentido talão / pinça.

6.3-Balanceamento correto dos cascos - Um casco balanceado é aquele corretamente nivelado no eixo médio-lateral (entre as duas laterais da parede) e no eixo antero-posterior (entre taloes e pinças). Todavia, quando há uma area de desgaste irregular, haverá um desvio de aprumos, que será tanto mais acentuado quando maior for o desgaste. O casqueamento corretivo deve balancear o casco de acordo com a area de desgaste, que é a area de primeiro apoio, que deve ser revertido para o lado oposto. Os instrumentos utilizados para aferir o balanceamento dos cascos são o angulador dos cascos, angulador das espáduas, e o compasso. O angulo de inclinação das espaduas deve ser igual ao angulo de inclinação das quartelas. A distancia entre talão e lado oposto da pinça deve ser igual a distancia entre o outro talão e lado oposto da pinça. Entre as laterais da ranilha as laterais da parede as distancias devem ser iguais.

6.4- Desvios de aprumos anteriores – Os desvios de aprumos dos membros anteriores podem ser parciais ou totais. Os parciais são passiveis de correção, enquanto os totais podem ser estabilizados, porem são de correção improvavel. Exemplos de desvios totais – acampado, debruçado, ajoelhado, transcurvo. Exemplos de desvios parciais – abertura de pincas cascos, fechamento pincas de cascos, joelhos cambaios. Nos membros anteriores o desvio mais comum é o de joelhos cambaios, que está acompanhado pela abertura de pinças. Os cascos são rotacionados para for a, resultando em um movimento comumente chamado de “remar”. Dependendo do grau do fechamento dos joelhos a correção será possivel apenas com o casqueamento, desde que seja iniciado durante a fase de amamentação e o sistema de criação seja o extensivo ou semi-extensivo. Se o animal for mantido embaiado, impedido de caminhar, marchar e galopar, nao haverá melhora no desvio de aprumos. Pelo contrario, a tendencia é de agravar. No caso de joelhos cambaios, o primeiro apoio ocorre no talão pelo lado de dentro, o que força o deslocamento do joelho para dentro (cambaio). Se o primeiro apoio se estender ate as regiões do quarto e pinça, o desvio de joelhos cambaios será mais acentuado, e de correção mais dificil. Apos tres a quatro correções, caso não houver melhora no desvio, uma solução pode ser o uso de ferradura corretiva, com palmilha pelo lado de dentro. Mas esta tecnica de correção deve ser orientada por professional especializado.

6.5- Desvios de aprumos Posteriores – Os desvios de aprumos dos membros posteriores podem ser parciais ou totais. Os parciais são passiveis de correção, enquanto os totais podem ser estabilizados, porem são de correção improvavel. Exemplos de desvios totais – Fechamento de base, acampado de posteriores, acurvilhado. Exemplos de desvios parciais – jarretes fechados, joelhos arqueados. Nos membros posteriores o desvio mais comum é o de jarretes fechados, que está acompanhado pela abertura de pincas. O maior desgaste nos cascos ocorre na parede pelo lado de dentro. Na movimentação, os Jarretes aproximam-se, oscilando para dentro, porque o primeiro apoio nos cascos é pela parede do lado de dentro. Se os jarretes se tocam, o defeito é acentuado, sendo de correção dificil. Dependendo do grau do fechamento dos jarretes a correção será possivel apenas com o casqueamento, desde que seja iniciado durante a fase de amamentação e o sistema de criação seja o extensivo ou semi-extensivo. Se o animal for mantido embaiado, impedido de caminhar, marchar e galopar, nao haverá melhora no desvio de aprumos. Pelo contrario, a tendencia é de agravar. No caso dos jarretes arqueados o maior desgaste dos cascos será na parede pelo lado de fora e os jarretes oscilam para fora. Se o primeiro apoio se estender ate as regiões do quarto e pinça, o desvio de jarretes arqueados, ou o de jarretes fechados, será mais acentuado, e de correção mais dificil. Apos tres a quatro correções, caso nao houver melhora no desvio, uma solução pode ser o uso de ferradura corretiva, com palmilha pelo lado de dentro, para a correção do desvio de jarretes fechados e palmilha pelo lado de fora, para correção do desvio de jarretes arqueados. Mas esta tecnica de correção deve ser orientada por profissional especializado.

6.6- Ferrageamento - Diz um dito popular que a ferradura é um mal necessario. Necessario, porque os cascos não suportam longos periodos de cavalgadas em terredos de piso duro ou pedregoso. Mal, porque a ferradura torna o casco fragil. Uma fez ferrado por longo tempo, dificilmente o cavalo suportara ser montado sem ferraduras. Analogamente, nós, seres humanos, não suportamos andar descalço em piso duro apos o uso de sapatos por um longo periodo. A pele dos pes torna-se fina, sensivel. Uma boa dica e manter o cavalo ferrado somente se estiver sendo utilizado rotineiramente em cavalgadas ou em treinamento para competições.

7- CONSTRUÇÃO DE BAIAS

As baias devem ter uma area de 4 x 4m para animais adultos e 3 x 3m para animais jovens. O piso pode ser de cimento com declive de mais ou menos 2% sentido a uma canaleta. Este tipo de piso requer mais cuidado com as camas. Outro tipo de piso é o de terra batida, com uma camada de po de brita batido e sobre este material colocar o material da cama. As baias devem ser ventiladas, tanto para o conforto dos animais como para favorecer a eliminação da amônia, exalada na urina. As baias devem ser comunicação nas paredes divisórias, do tipo uma janela com grade de barras de ferro, o que favorece a socialização, tornando os animais mais tranquilos. As portas devem ter janelas, que devem ser abertas durante boa parte do dia. Contudo, o ideal é que as baias tenham comunicação com piquetes, para que os animais sejam mantidos em um sistema de semi-confinamento.

7.1- Os cochos devem ser distribuidos de forma correta, sendo um menor para ração e outro maior para volumoso, dispostos em cantos da baia. O bebedouro deve ser colocado em um terceiro canto da baia. O saleiro deve ser colocado em uma das laterais da parede, com duas divisórias, uma para a mistura balanceada e outra para o sal comum. Acima do cocho de volumoso deve ser colocado o fenil, para que as sobras do feno caiam no cocho e sejam, posteriormente, consumidas, reduzindo o desperdicio do feno, que é grande quando cai no chão.


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